Texto de ZANELLA, Marciano José [1]
Orientado por: BECKER, Jussara Mª P. [2]
Após as definições teóricas sobre Motivação e Educação, no Artigo “Motivação e Educação no Contexto Escolar” passamos a fazer um inter-relação entre ambas, conforme segue:
“A Importância da Motivação no Processo Educacional”, tem a intenção de identificar as implicações e consequências que ocorrem no processo de Ensino-aprendizagem relativo aos fatores motivacionais utilizados e aos objetivos alcançados. Analisar e abordar em cada um dos entes envolvidos no processo educacional, suas nuances e implicações no sentido das alterações dos resultados finais relativos aos níveis de motivação que cada um desenvolve.
Identificar as formas de agir do Corpo Técnico Pedagógico e Gestor, afim de influenciar e interferir junto a professores e alunos no intento de que a motivação esteja presente no dia a dia do ambiente escolar, para melhorar o desempenho final dos alunos.
O aluno, conforme defende a concepção progressista, é um ser social, emotivo e cognitivo, ao chegar ao ambiente escolar, já possui uma bagagem de conhecimentos adquiridos, mas ainda carente de uma quantidade maior ainda, que passa a receber, interagir e apropriar-se desses conhecimentos relativos a cada nível de escolaridade.
O professor, por ser um mediador e/ou facilitador na aquisição destes conhecimentos, que ao apresentar um novo tema, um novo assunto, de uma forma que desperte a curiosidade, acaba impelindo de tal forma a aguçar a motivação dos alunos relativa ao assunto abordado. Isso ocorre quando são utilizadas metodologias adequadas, tornando o assunto de significância e/ou sentido para o educando, neste caso, a probabilidade de compreensão, de assimilação do conteúdo torna-se relevante e maximizada, e aí podemos afirmar que ocorreu realmente um processo de ensino aprendizagem.
No entanto, para que o aluno se aproprie deste conhecimento de tal forma a permanecer definitivamente no banco de dados da sua memória, é imprescindível que o aluno perceba no professor a motivação, empolgação, curiosidade e conhecimento em relação ao assunto proposto, fazendo com que o processo de ensino aprendizado se dê com maior fluidez e eficácia.
Um professor sem motivação ao falar sobre o assunto, sem desenvolver uma metodologia adequada e atrativa, dificilmente despertará no aluno o interesse em conhecer esse determinado assunto abordado em aula. Passa então a não ter significado, consequentemente o ensino aprendizado ficará prejudicado e assim termos aquele aluno que apenas decorra os assuntos para responder as avaliações quantitativas e que logo em seguida, sequer se lembrará do conteúdo estudado.
Apesar de que na teoria, nas discussões inerentes aos processos pedagógicos, é consenso de que a Concepção Tradicional deve ter cada vez menos espaço na prática docente, a agitação do cotidiano, as “obrigações” em repassar os conteúdos Programáticos relativos à série/ano ou idade do alunado, tem sido recorrentes ainda, por muitos docentes, as práxis tradicionais. Essas constatações podem ser percebidas na forma como os conteúdos são trabalhados, bem como a forma como os alunos são avaliados, onde ainda há uma mentalidade de medir os conhecimentos adquiridos. Esses procedimentos acabam fazendo com que os alunos retornem à pratica da memorização, ao invés de buscar pela significância do conteúdo.
Em síntese, para motivar o aluno na busca pelo conhecimento, antes de tudo, é necessário que o professor esteja motivado. Neste sentido, algumas variáveis podem ser elencadas como motivadoras, entre elas:
- A remuneração e a valorização profissional, são fatores importantes, pois caracterizam a importância do papel que este profissional desempenha na conjuntura social e educacional;
- As boas condições do ambiente de trabalho, como instalações, equipamentos, materiais;
- O relacionamento com os demais integrantes do ambiente escolar;
- A significância do ensinar, do proporcionar a ampliação de conhecimentos ao aluno é outro fator motivacional relevante;
- Além da motivação externa, esta, normalmente instigada e aflorada pelo corpo técnico pedagógico e gestor da escola.
[1] Licenciado em Educação Física UPF – Universidade de Passo Fundo – RS; Cursando Pós Graduação em Organização Pedagógica da Escola: Gestão Escolar pela UNINTER.
[2] Pedagoga (UTP) Mestre em Educação- Currículo e Conhecimento (UFPR), Especialista em Sociologia Política ( UFPR), MBA em Gestão Social e Sustentabilidade (UNICENP/SISTEMA FIEP/UNINDUS), Prof.ª Pesquisadora/ Supervisora Estágio (IFPR) Profª Orientadora de TCC do Grupo UNINTER.
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