Texto de ZANELLA, Marciano José [1]
Orientado por: BECKER, Jussara Mª P. [2]
O Corpo Técnico Pedagógico e Gestores Escolares tem papel fundamental dentro do ambiente escolar.
De acordo com Daniele Farfus (2008 – p 117) “O gestor Escolar deve ser de tal forma que atenda as demandas sociais, articule a escola com outras organizações, promova um ensino de qualidade…, sistematize propostas integradas e alinhadas a concepções contemporâneas que formem um indivíduo…”.
Em “Pedagogo Escolar: as funções supervisora e orientadora” de Almeida e Soares (2010 – p 40) “Caberá a este profissional, trabalhar na direção de coordenar as ações necessárias para garantia do processo de ensino aprendizagem e não mais direcionar suas ações para o controle do trabalho dos professores. Assim, com relação ao processo ensino-aprendizagem, o pedagogo deve ser entendido como cumplice do professor, ou seja, suas ações podem contribuir, ou não para a realização da função da escola: a socialização do conhecimento científico”.
Na prática, quando o professor perceber a intenção nas palavras e atitudes de Gestores e Corpo Técnico Pedagógico pela busca da qualidade educacional percebê-los como cumplices nesta intenção e não apenas alguem que esteja cobrando ações, isso é um passo para a motivação.
Deve-se partir da elaboração de um diagnóstico para entender as necessidades e planejar de forma coletiva, a forma como cada um deve agir e conduzir seu trabalho no sentido de manter os seus quadros docentes e discentes, motivados e ávidos na produção e aquisição de conhecimento de forma significativa.
A partir do diagnóstico, verificamos algumas situações que podem ser adotadas no sentido de motivação coletiva, tais como:
- Estimular a automotivação a partir do propósito de educar;
- Incentivar o exercício do sorriso e a boa acolhida de professores e alunos.
- Apresentar-se com o máximo de clareza, como parceiros de trabalho na busca do ensino-aprendizagem e não apenas como instrumento de controle do trabalho do professor.
- Solucionar conflitos internos de forma discreta e rápida no intuito de minimizar ao máximo os impactos que os mesmos causam nos relacionamentos intra-escolares, principalmente entre professores e/ou entre professores e técnicos.
- Manter a estrutura física limpa, com manutenção periódica e os equipamentos atualizados e em funcionamento. Bem como dispor a maior quantidade possível de material didático, atualizado, organizado e em condições de uso constante e irrestrito desde que com responsabilidade.
- realizar encontros pedagógicos, encontros de formação, encontros motivacionais, nos quais estejam presentes, a importância inerente à profissão, ou à função que o Professor tem no sistema educacional em si, na formação da pessoa humana como tal, e assim sendo, na formação de uma sociedade que almeje o melhor e busque de alguma forma essa melhoria.
- Incentivar e apoiar as iniciativas na criação, estruturação e realização de projetos pedagógicos diferenciados a serem implantados dentro ou fora da sala de aula, na busca de melhorar os resultados do processo de ensino aprendizagem. Pois, muitas vezes, ocorrem iniciativas por parte dos docentes e que se as mesmas não tiverem apoio e incentivo por parte do Corpo Técnico Escolar e Gestor, as chances são grandes desses projetos não acontecerem, não decolarem e algo que poderia ser uma solução, não passar de uma simples tentativa embasada numa boa ideia, mas que nunca passou disso.
- A utilização efetiva de mecanismos de Gestão democrática, favorecendo que, na medida do possível, as decisões sejam tomadas com a participação de todos os setores da escola. Quando todos participam das decisões, no que se refere às normas, regras, metas e objetivos, tendem a se sentir mais responsáveis em fazer que se concretize o que foi decidido coletivamente.
Tais gestos tem a capacidade de contagiar a todos, tornando o ambiente alegre e acolhedor, e quando se está em um ambiente alegre e acolhedor, tem-se como tendência sentir-se mais a vontade e mais motivados para estar aí. São atitudes simples, na maioria das vezes, no entanto, necessário que sejam lembradas e reavivadas nas mentes das pessoas, até com certa frequência para que a rotina diária não acabe por ofuscar a real importância do ensinar, do educar.
[1] Licenciado em Educação Física UPF – Universidade de Passo Fundo – RS; Cursando Pós Graduação em Organização Pedagógica da Escola: Gestão Escolar pela UNINTER.
[2] Pedagoga (UTP) Mestre em Educação- Currículo e Conhecimento (UFPR), Especialista em Sociologia Política ( UFPR), MBA em Gestão Social e Sustentabilidade (UNICENP/SISTEMA FIEP/UNINDUS), Prof.ª Pesquisadora/ Supervisora Estágio (IFPR) Profª Orientadora de TCC do Grupo UNINTER.
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