O que é ter Liberdade de Expressão?
Será que temos liberdade de expressão nos dias de hoje?
Já tivemos a liberdade de expressão cerceada no Brasil?
Hora vejamos a primeira pergunta. Conforme as próprias palavras expressam, liberdade de expressão significam justamente a possibilidade de dizer aquilo que pensamos, não porém, sem que haja um certo cuidado com as palavras e os conteúdos aos quais o interlocutor faz uso. Todos os assuntos podem e devem ser abordados, mas para tudo nessa vida, tem o momento certo, a maneira correta e as pessoas adequadas para com quem abordar cada um dos assuntos.
Normalmente, os temas que são de domínio público e social são abordados por todos, e todos tem esse direito, de se expressar. No entanto, o direito de um indivíduo, não exclui o dieito do outro de discordar e vice versa.
Posicionamentos antagônicas deveriam ser terreno fértil para crescimento intelectual de qualquer ser humano, a partir da possibilidade de analisar e avaliar visões diferentes sobre uma mesma situação ou fato.
Qualquer mudança postural relativa a fatos e situações devem ocorrer a partir de convencimento de um dos lados. E esse processo de convencimento somente ocorre a partir da possibilidade de argumentação, contrargumentacao, tantas vezes quantas forem necessárias.
À essa possibilidade de livre argumentação, independente do assunto que for abordado, podemos chamar de liberdade de expressão.
Um grupo bem significativo da população brasileira insiste em afirmar que durante o período dos governos militares havia censura, ou em outras palavras, não havia liberdade de expressão.
Ao ouvir essas lideranças declaradamente de esquerda, bem como programas midiáticos, dramatúrgicos, também com evidente viés marxistas, percebemos exatamente essas mesmas afirmações.
Ao nos ater-mos, apenas a essas opções, parece-nos que são verdades absolutas. No entanto, quando pesquisamos um pouco mais a fundo, com pessoas que viveram esses momentos, ou em livros, além daqueles que nos são ofertados nas escolas e universidades, percebemos que no mínimo existes outras verdades que se contrapõe àquilo que parecia ser absoluto.
Vejamos então alguns desses ontrapontos: Quem eram as pessoas que reclamavam e continuam reclamando ate hoje, de censura daquele período? A que grupo social político pertenciam essas pessoas? Quais assuntos eram cercados de liberdade de serem expressado?
Conforme relata o Livro “1964 o elo perdido, nos arquivos secretos comunistas” a tomada do poder pelos militares, não chegou nem mesmo a ser considerado um “golpe” haja vista os Militares terem atendido ao clamor popular, principalmente expressado na “Marcha pelas Familias” para não permitir a efetiva tomada de poder do comunismo no Brasil.
Posterior à isso, passa a ser censurado tudo o que diz respeito à apologia ao Comunismo. Portanto, sim, tivemos restrições quanto a liberdade de expressão. Mas há de se ressaltar que, relativo ao assunto comunismo, (ideologia política já implantada em 67 países até o momento, mas que para haver a total implantação, apenas ocorre a partir de regimes totalitários de esquerda), já havia sido motivo de sanções por parte da própria Igreja Católica, através do Decreto Papal de 01 de julho de 1949, que prevê a excomunhão de quem defende essa ideologia, dada sua característica atéia e as crueldades inferidas aos povos em detrimento da efetiva implantação.
Essas ideologias advindas dos países que no passado compunham a cortina de ferro, no leste europeu, foi se aperfeiçoando, e com o auxílio gigantesco do Italiano Antonio Gramsci, desenvolveram inúmeras ferramentas de engenharia social com o único propósito de atingir a domínio hegemônico dos povos.
Entre as ferramentas de Engenharia Social de cunho marxista, temos a Desinformatsya (desinformação), o Enquadramento (O ato de reescrever a história conforme lhe convém, maquiado fatos reais), e mais recentemente, o que chamamos de Politicamente correto.
A ferramenta do Politicamente Correto, teve e tem a pretensão de transformar todas questões morais da civilização ocidental, que são embasadas na moral Judaico Cristã, em Tabus. A partir daí, apresentar uma série de justificativas, em sua maioria infundadas, para que esses Tabus sejam quebrados, afirmando ser incorreto coibir as pessoas a terem atitudes que vão de encontro ao que dizem tais preceitos morais, sob o pretexto de que tal coaçãoseria politicamente incorreto.
Nesse processo, e parte primordial, retratar e acusar como atrasado, retrógrado, antiquadro e demais adjetivos, as pessoas que defendem essas questões morais, agora definidas como tabus. Utilizando-se principalmente da frase: “defender isso não é politicamente correto” referindo-se à defesa dos valores morais.
Ao mesmo tempo, há um contundente aumento em evidenciar toda e qualquer espécie de diferença como as de ideologia, de gênero, religiosas, de raças, entre outras, como parte integrante do processo, pois conforme afirma Gramsci, é importante dividir para dominar. E se as divisões não existem, precisam ser criadas, caso existem, evidenciadas e/ou ampliadas.
No passado, a esquerda brasileira ao perceber que a Censura não lhe permitia falar abertamente das ideias marxistas, passam a se infiltrar nas instituições educacionais brasileiras, públicas e privadas, nos meios de comunicação impressa e audiovisual, assim como nos setores responsáveis pela cultura de modo geral. Implantando seus ideais e dominando esse setores quase que na sua totalidade.
Sendo assim, não foi difícil difundir as ideias desta ferramenta denominada “politicamente correto”, que hoje, serve como uma mordaça aos que discordam destas ideologias.
Não seria demasiado afirmar que a censura, ou a ausência de liberdade de expressão nos dias atuais é maior e mais eficiente do que nos dias do Período Militar. Naquele momento histórico, apenas os Militares faziam o controle do que se falava e divulgava, no entanto, seu alcance era restrito.
Nos dias atuais, dada a grande quantidade de pessoas ideologizadas com viés marxista, todas as vezes que alguém se pronuncia de forma contrária aos pensamentos marxistas, não são poucos os que se exaltam e contestam inclusive de forma muito vulgar quando lhes faltam argumentos.
Para estes, todos as pessoas que tem pensamentos contrários, são imediatamente estereotipados como “disseminadores do discurso de ódio”.
Neste sentido, vemos inclusive, acontecer de forma totalmente arbitrária e discriminatória, ações por parte de proprietários de redes sociais, o cancelamento de inúmeras páginas de pessoas que têm pensamentos conservadores, sob a simples justificativa de “estar discriminando discurso de ódio”.
Vejam que os papéis se invertem. Enquanto no passado a igreja condena o pensamento e metodologia marxista, e no Brasil, os militares não permitiram que essas idéias predominassem, hoje as pessoas que defendem as pautas marxistas querem calar com um discurso cheio de mi mi mi e censura real, quem defende os valores legais, éticos, morais, famíliares e tudo o que se insere neste contexto.
Marciano José Zanella
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