Sem dúvidas, os tempos são difíceis de ser compreendidos. Não por acaso, uma chave de pensamento foi disseminada ao longo dos últimos séculos de maneira que pessoas com estilo de vida similar podem possuir maneiras de pensar antagônicas, umas das outras. É a matriz revolucionária.
De fato são tempos confusos mas, cuja a confusão foi instalada propositalmente. A confusão afasta as pessoas da verdade natural, torna seres humanos menos pensantes e ao mesmo tempo em que se reduz a produção de pensamentos, o homem se sente, paradoxalmente, mais capaz de dominar a razão, o que é trágico. Para isto, basta o indivíduo estar numa posição confortável, social, familiar ou profissionalmente e esta pessoa, limitada na amplitude de seu pensamento e que ao mesmo tempo sente-se dotada da razão, torna-se peça facílima de ser manipulada por qualquer propaganda midiática. E no final, ainda acha que possui pensamento crítico acerca daquilo tudo que pensa. Sente-se capaz de opinar sobre todos os assuntos, mesmo que não tenha embasamento nenhum, mas o faz amparado pelo famoso “eu acho”. São os famosos filósofos do EU ACHO!
A confusão é uma vitória do Diabo, que após sua gloriosa derrota pela Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz, perdeu seu protagonismo neste mundo. Mas, ele não deixaria barato e com muita artimanha e maquiavélica arquitetura, de revolução em revolução, plantou a confusão e o mais completo descaminho no coração da humanidade, começando basilarmente com a reforma de Lutero, passando pela revolução francesa, a revolução russa, e o sistema de propaganda soviético, até desembocar nos dias de hoje.
Com a revolução de Lutero, o Diabo conseguiu, além de provocar divisão, o que já é uma grande vitória d’ele, mas também, fazer com que os homens colidissem uns contra os outros usando o próprio Cristo como motivo. Afinal, os então auto apartados passam a perseguir os católicos supostamente em “nome de Deus”, achando-se purificadores, renovadores e salvadores da fé original.
A confusão em que nosso mundo de hoje chegou é tamanha, que serão necessárias dezenas de gerações para alcançarmos o nível de cognição que a humanidade possuía durante a idade média. Isso mesmo, a idade média tão mistificada hoje e comumente tratada pela alcunha de tempos sombrios. Uma época em que a arquitetura atingiu seu ápice de beleza e perfeição, a literatura desfrutou de clássicos como a Divina Comédia, de Dante, de uma tal genialidade jamais obtida em qualquer outro tempo. Justamente a idade média, de recursos tão escassos, de pouquíssimo conforto e de escassez de alimentos, mas de riquíssima espiritualidade Cristã.
Hoje, estamos em ostensivo estado de bem estar social. Pelo menos no Ocidente. Estamos na era da tecnologia, que hora supre nossas necessidades, hora nos hipnotiza. Temos produção de alimentos em escala suficiente para que não seja difícil obtê-los. Temos produção de medicamentos em variedade capaz de prolongar nossa existência. Temos produção de bens de consumo capaz de nos dar conforto e segurança. Tudo isto, apesar de parecer excelente, nos leva cada vez mais para um comportamento natural dos animais: a fuga do sofrimento e a busca do prazer. E sim, este é um comportamento animal. Sei que para alguns esta resolução simplíssima gera surpresa, pois trata-se da realidade de muitos. Mas, é pensando nisto que, se, com muita humildade, pudéssemos começar a imaginar o quão superior nós humanos deveríamos ser, a começar por abandonar os desejos desenfreados do nosso corpo físico, para alimentar nossa alma e prepará-la para a vida que importa, que é aquela que inicia quando esta acaba.
Há muito trabalho a vista de quem vislumbra limpar a sujeira da confusão. Mas, é preciso começar.
Em Cristo entregue a proteção da Virgem Maria.
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