Em meus textos busco mostrar para o leitor os pontos que esclarecessem; como acontecimentos históricos influenciaram para que o panorama do presente se constituísse da maneira como se apresenta hoje. Tento mostrar como tudo passa pelo desenvolvimento do pensamento que fulmina em linhas filosóficas boas ou ruins. Ocorre que, para que estas linhas filosóficas atinjam o público, é necessário que se faça uso da linguagem. É necessário que as ideias verbalizem-se. É necessário que as palavras que vão externar as ideias sejam selecionadas cuidadosamente.
Em princípio parece meio óbvio dizer que a linguagem é o meio de se transmitir uma linha filosófica porém, se esta linha filosófica possuir objetivos maquiavélicos ou meramente qualquer desconexão com a verdade, a linguagem deixa de ser instrumento natural, para tornar-se ferramenta desta sofisma.
Ao longo dos séculos ocorreram muitas guerras. Porém, ao mesmo tempo, muitos governantes audaciosos e estratégicos usaram o poder da comunicação para persuadir e dissuadir adversários, conquistar adeptos e levar o povo a crer nos argumentos previamente pensados, evitando ou provocando, inclusive, outras guerras, de acordo com seus planos. Uma vez convencido, o povo entrega-se de corpo e espírito, diferenciando-se apenas a finalidade através dos meios, que podem ser até piedosos ou então descaradamente inescrupulosos quando persuadem o público através de infido estado de bem estar material, luxúria, soberba e etc…
É claro que o Santo Evangelho também foi transmitido através do poder da linguagem mas, é aí que está a diferença entre o uso da comunicação para o bem ou para o mal. Este, ao contrário das sofismas, fôra instrumento para que a humanidade alcançasse uma unidade cultural capaz de propiciar haver diplomacia entre os povos e países, com leis justas, reconhecidas e respeitadas mutuamente na maior parte do mundo.
A transmissão do Santo Evangelho jamais precisou de ferramentas de linguagem já que está alinhado à verdade natural das coisas. Quando estratégias são baseadas na linguagem como ferramenta, elas servem para o amplo controle dos povos como por exemplo; através do apelo a falsos deuses, pelo medo e a mais recente criação dos arautos do inferno: a inversão cultural provocada por um falso “estado de bem estar social”.
Neste quesito, não é segredo pra ninguém que a União Soviética criou uma verdadeira máquina de propaganda para desinformação onde praticamente todas as notícias eram criadas de acordo com o plano de dominação e nunca de acordo com a verdade da realidade, escondendo suas atrocidades, enaltecendo suas falsas virtudes, anseios e principalmente, caluniando adversários com falsas informações plantadas através de um vasto sistema de espionagem infiltrado.
O estado de bem estar social é uma criação vil e impiedosa, porque leva a determinado povo exposto, a pôr-se em determinada confortabilidade capaz de dar-lhe a sensação, também falsa, de segurança de que não lhe faltará alimento, remédio e abrigo. Esta falsa sensação de conforto e comodidade faz com que o homem médio deixe de preparar-se para o pior, baixando sua guarda, seu aspecto físico, intelectual, comportamental e mental. Em suma, decresce o poder de interlocução, empobrece-se o vocabulário e quando faltam palavras, falta-lhe compreensão. Em poucas gerações o empobrecimento linguístico leva este povo a sofrer para requerer a sua liberdade roubada por sequer saber como expressá-la. Com o evento da globalização, esta estratégia foi elevada ao nível de linha de produção, chegando à todos os povos da terra através sempre de agentes altamente interessados em proporcionar mais bem estar social, apresentando-se como protetores dos direitos humanos, dos oprimidos e das minorias. Todas as ideologias usam destas estratégias.
Somente o interesse, a curiosidade, a investigação e a busca sincera pela verdade, através da leitura, podem nos livrar das prisões intelectuais e da perda alienante da nossa liberdade. Nenhum truque de linguagem é páreo para uma mente verdadeiramente livre intelectualmente.
Em Cristo entregue a proteção da Virgem Maria.
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